Os seus fundamentos históricos remontam a 1892, quando o sertanista fazendeiro Inocêncio Costa demandou à margem esquerda do rio Araguaia e estabeleceu-se em Altas Barreiras. Em seguida, apoiado pelo Governo do Estado do Pará, Augusto Montenegro, levou para os locais inúmeras famílias Maranhenses e, assim, fundou o núcleo populacional, origem da atual cidade, cujo primeiro religiosos foi o Frei de Vila Nova. Os índios eram os primitivos habitantes da região onde se localiza o município de Santana de Araguaia 87.
A localidade prosperou. Entretanto, somente em 1937, o povoado de Altas Barreiras obteve categoria de distrito, com o nome de Santa Maria das Barreiras. Essa situação perdurou até 1961, quando se tornou unidade autônoma. Na mesma ocasião passou a chamar-se Santana do Araguaia.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, figura no município de Conceição do Araguaia distrito de Santa Maria das Barreiras.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Santa Maria das Barreiras permanece no município de Conceição do Araguaia.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Santa Maria das Barreiras permanece no município de Conceição do Araguaia.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Santana do Araguaia, pela lei estadual nº 2460, de 29-12-1961, desmembrado de Conceição do Araguaia. Sede no antigo distrito de Santa Maria das Barreiras. Constituído de 2 distritos: Santa Maria das Barreiras e Barreira Branca. Instalado em 10-04-1962, sendo que o distrito de Barreira Branca criado pela mesma lei do município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Santa Maria das Barreiras e Barreira Branca.
Pela lei estadual nº 164, de 23-01-1979, o distrito de Santa Maria das Barreiras passou a denominar-se Santana do Araguaia.
A cidade de Santa Maria das Barreiras, ex-Santana do Araguaia, fundada pelo Sertanejo Inocêncio Pereira Costa, em 07 de Setembro de 1893, recebeu seu nome primitivo de Barreira de Santana, em 1946 é elevada à categoria de Vila, pelo então Prefeito de Conceição do Araguaia, João Rego Maranhão, e passa a ter o nome de Santa Maria das Barreiras, 2º Termo Judiciário de Conceição do Araguaia.
Em 1954 o Sr. Manoel Quirino de Souza, Prefeito de Conceição do Araguaia, postula a criação do Município de Santa Maria das Barreiras, com o nome de Santana do Araguaia, e o seu objetivo é alcançado com muita luta e sacrifício com a aprovação da Lei Estadual nº 1.127 de 11 de Março de 1955 e a instalação do Município ocorreu-se no dia 28 de Abril de 1955. Nesta mesma data foi empossado no cargo de Prefeito o Sr. José Coelho da Luz, designado pelo Governador do Estado, General Zacarias de Assunção, para exercer o referido cargo até a posse do Prefeito eleito de Santana do Araguaia. Realizando ainda em 1955, as eleições, foi eleito o 1º o primeiro Prefeito Sr. Manoel Quirino de Souza, no entanto, deixa de tomar posse por motivo de o Município ter perdido sua autonomia Municipal, com a revogação da Lei nº 1.127. Extinto o Município, volta sua sede a condição de Vila e seu antigo nome de Santa Maria das Barreiras.
Em 1961, o então Prefeito de Conceição do Araguaia, senhor Manoel Quirino de Souza pleiteia pela 2ª vez junto ao Governador do Estado, Dr. Aurélio Correa do Carmo, a criação do município de Santana do Araguaia, quando foi apresentada emenda de criação do Município pelo Deputado Estadual, Sr. Pedro Carneiro, que é aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado e sancionada em 10/04/1962, foi eleito o 1ª Prefeita de Santana do Araguaia, a Sra. Isabel da Silva e Souza, que tomou posse no dia 10/12/1962 e seu mandato vai até 31/01/1967, data em que transmite o cargo ao seu sucessor, senhor José Coelho da Luz.
No ano de 1962 outra vez em meio a grandes comemorações a população elege a prefeita Isabel da Silva Souza, em dez de Dezembro Isabel foi à primeira mulher eleita prefeita no Brasil. Recebe o cargo já das mãos de Benony Nery Piassava.
Isabel, esposa de Manoel Quirino de Souza. Tendo como vice-prefeito Irineu Batista, sendo a câmara de vereadores:
Desta data em diante o quadro sucessório de prefeitos eleitos do município de Santana do Araguaia, até a data que sua sede foi transferida para o distrito de Campo Alegre. Neste período verificamos que um dos grandes líderes era Henrique Vitta, grande fazendeiro da região. A sede Campo Alegre, então município de Santa Maria das Barreiras foi atrelada a Santana do Araguaia por negociações políticas. Transferir a sede do município para o distrito de Campo Alegre. Aprovado por lei n° 5.171 de 05 de Novembro de 1984.
A localidade das margens do rio Araguaia perde os foros de cidade e volta á condição de vila de Santa Maria das Barreiras. Com a criação do município de Santana do Araguaia, este absorve toda a área do distrito de Santa Maria das Barreiras, que até aquela data integrava o município de Conceição do Araguaia. Esta Vila, ao assumir a condição de cidade sede do município, passou a denominar-se Santana do Araguaia e permaneceu sede até 1980, quando todo o município foi atingido por uma grande enchente do rio Araguaia. A prefeitura, o prefeito. Henrique Vitta, diante desse quadro e alegando apenas temer enchentes, mudou a instalação física para Campo Alegre. Destituída da condição de distrito – sede, a antiga cidade de Santa Maria das Barreiras, passou a enfrentar as grandes dificuldades.
Desta vez, além das necessidades de reconstrução, da catástrofe causada pela enchente, teria de conviver com a falta de assistência administrativa e dificuldade de toda ordem, em função da grande distância que ficou em relação à cidade sede – (figura 1 localização do município).
A grande distância e a falta de Manoel Quirino para administrar a terra de seus pais, avós e bisavós. Para agravar mais a situação desvantajosa antes de receber qualquer assistência que permitisse a sua reconstrução em1983, o Rio Araguaia volta novamente a transbordar. Diante de tantas adversidades, emergiu um sentimento de revolta na população local pelo abandono a que foram relevados pela prefeitura de Santana do Araguaia, tendo em vista a administração municipal ao mudar para Campo Alegre, se tornou incapaz de socorrer a população flagelada pelas enchentes que retirou instalações da antiga sede logo ao retirar todo esse equipamento e deixar a cidade ao conflito abandono, Henrique Vitta transferia instalações, equipamentos todos imprescindíveis para a cidade, tais como agência dos correios e geradores de energia. Mesmo sem Quirino, o povo reagiu, houve mesmo uma grande reação popular. Afinal o sangue de Inocêncio Costa, o sangue de Quirino, de Francelino Martins de Almeida, ainda corria nas veias do povo.
Esta reação popular era uma resistência ao abusivo esvaziamento da cidade em que sempre viveram. A terra de seus pais. Miguel, José Neres, Adão, Raimundo Fontinelle e mais todas as lideranças que se uniram, foram reclamar seus direitos na capital do Estado. As mulheres formaram uma comissão e foi a Belém reclamar seus direitos. Os direitos de ter a cidade de volta, ver novamente a sua Barreira de Santana a cidade próspera e bela que era.
Benvinda Neres Costa, Sebastiana Lopes, Sebastiana Oliveira Luz, Rita Gomes, Ana Almeida Luz, Joana Coronheiro, Maria do Carmo Fontenelli, Terezinha de Jesus Almeida, Maria do Tim, Corina Batista, exigiam a volta dos materiais levados e a autonomia político-administrativa.
Os principais argumentos políticos utilizado para popularizar e viabilizar foram, entre outros, a grande extensão territorial de Santa Maria das Barreiras do Araguaia, cujo distrito de Santa Maria das Barreiras deveria ser desmembrado, além do isolamento que o distrito viva em relação à sede municipal. O processo de emancipação teve inicio ainda na gestão de Henrique Vitta, contando com decisiva participação das lideranças comunitárias e apoiadas pelos deputados Estaduais Manoel Franco, Carlos Cavalcante e Giovanne Queiroz. Foi preciso para a sobrevivência, um pedido de socorro. Um pedido bem forte de socorro para terem de novo resgatada uma vida, uma tradição e os costumes do povo barreirense, que mostrou sua raça, venceu barreiras do tempo, barreiras do poder, passaram por sérias dificuldades, mas resiste. Graças à união, a força e este Araguaia que enche, transborda, derruba sedes e casas, mas reúnem a todos se tornando pai e mãe de todos nós barreirenses.
A realização do plebiscito em 1988 obteve a maioria de 72,5% dos votantes pela emancipação municipal. Vencida esta etapa, o município de Santa Maria das Barreiras foi oficialmente instituído pela Assembléia Legislativa do Estado do Pará através da lei 5.451 de 10 de maio de 1988, que homologou o plebiscito realizado nos núcleos populacionais que hoje compõem este município. Com a autonomia administrativa foi criado o hino da cidade. Todos os participantes da composição e Garcia anotando e compondo a música, criando em 18 de 1989, enaltecendo assim em grande estilo as paisagens o povo hospitaleiro.
O brasão que simboliza o município mostra as riquezas da região, como a madeira, o pescado, o gado bovino e a produção agrícola.
*(Fonte: Wikipidia)
É com ternura que amo essa terra
De lindas praias e noites serenas
De campos belos e produtivos
De gente amiga e hospitaleira.
Auriverde pendão de minha pátria
Que a brisa, beija e balança
Estandarte que a luz do céu encerra
Grande e bela, terra morena.
Os teus filhos orgulham por tê-la
Vivem e lutam, com amor altivo.
Sob as bênçãos de nossa padroeira
Tuas belezas estão repletas
No teu ser em tua gente
Neste símbolo colosso e hostil
Que é o Araguaia de águas cristalinas
Que reluz nosso céu varonil
As riquezas que te enobrecem
São de tuas matas altaneiras
As belezas que te dominam
São de tuas paisagens pantaneiras.
Letra e Música: GARCIA
Criado em 18/10/1989